None

Como o ensino de matemática de qualidade ajuda os países desenvolvidos a terem bons alunos?

Desde a infância aprendemos a importância da matemática na nossa vida. Ela é um processo educacional fundamental no aprendizado de uma criança em qualquer lugar do mundo. Mas a diferença é que os países desenvolvidos têm bons alunos de matemática. Por quê?

Isso está ligado ao ensino de qualidade que esses países oferecem. É uma boa demonstração do efeito de um bom sistema educacional e de como ele não afeta apenas o indivíduo, mas todo o contexto no qual ele está inserido.

Então como o ensino da matemática está ligado ao desenvolvimento de uma nação? Neste artigo, vamos nos aprofundar nesse tema para entendê-lo melhor. Confira!

Matemática em países desenvolvidos

Todos os acontecimentos do nosso dia a dia estão ligados de alguma forma à matemática. Mesmo as ciências humanas precisam do pensamento matemático em diversas situações. De forma mais abrangente, o aprendizado da matemática deve visar a formação do indivíduo como cidadão.

A professora Annemarie Fritz-Stratmann, pesquisadora da Faculdade de Ciências Educacionais da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, é especialista em psicologia educacional aplicada ao ensino da matemática. Ela pesquisa a ligação entre essa disciplina e o desenvolvimento de uma nação.

Segundo dados da sua pesquisa, países desenvolvidos têm bons alunos de matemática, que futuramente se convertem em cidadãos mais instruídos e com renda maior — algo que interfere diretamente no desenvolvimento econômico do país. 

Consequências de um ensino de qualidade

A maioria dos países dá uma importância maior ao contato do aluno com as letras e o ensino da linguagem. Posteriormente vem o aprendizado da matemática. Porém, a pesquisa da professora alemã revelou que o pensamento matemático é mais decisivo para o aluno a longo prazo.

Na infância, por volta dos dois anos, a criança começa a recitar números. Somente com mais dois anos de estudo que ela terá noção da magnitude do número citado. O conhecimento de número e de linguagem será adquirido aos poucos e em conjunto.

O adolescente que é bom em matemática vai ter um leque de oportunidades de carreira muito maior a escolher. O que nos leva ao adulto que passou por essa educação de qualidade: maiores chances de ser um cidadão melhor instruído, que sabe administrar suas finanças e possui uma renda mais alta.

Ao investir no aprendizado da matemática, o país estrategicamente aposta em qualidade de vida e desenvolvimento econômico no futuro. Uma população bem informada sobre as competências matemáticas conduz a um crescimento econômico maior. 

Por outro lado, a ausência desse conhecimento matemático levaria o indivíduo a uma condição de pobreza com mais facilidade. Situações decorrentes seriam tais como desemprego, salários baixos e a falta de opção de emprego na área de atuação escolhida.

O modelo de Solow

Através da pesquisa que vimos no último tópico, é possível constatar a relação entre educação de qualidade e o desenvolvimento de um país. Os indivíduos com acesso a essa educação nos oferecem melhores ideias e isso promove a inovação tecnológica.

Aprofundando um pouco essa ideia, podemos citar Robert Solow. Ganhador do prêmio Nobel em 1987, ele estudou a economia do desenvolvimento e criou um modelo de crescimento neoclássico conhecido como modelo de Solow. 

Esse modelo busca entender a taxa de crescimento de um país através de três pilares: a tecnologia, o capital e o trabalho em si. O aumento da tecnologia gera uma elevação do valor que o trabalho possui na produção de um país. Mas para isso, é preciso a qualificação da força de trabalho.

Um bom sistema educacional é fundamental para o cidadão trabalhar e contribuir com o aumento tecnológico da nação. Essa contribuição em larga escala e a longo prazo é essencial para alavancar o crescimento econômico. A educação se torna um dos pilares da economia nacional.

Assim, podemos visualizar melhor o motivo de países desenvolvidos terem bons alunos de matemática. O nível de crescimento desejado nesses lugares só é atingido porque existe o desenvolvimento de um sistema de ensino de qualidade, que vai qualificar o cidadão e o futuro profissional.

A desigualdade

Uma preocupação no modelo de Solow é a questão da desigualdade. Uma taxa alta de crescimento econômico só é realmente viável se o crescimento estiver disponível para toda a população. Quanto maior a concentração de riqueza, menor o desenvolvimento do país.

O Brasil fica numa situação muito difícil nesse caso. Apresentamos uma taxa de desigualdade muito alta e ainda investimos relativamente pouco na educação. Sem esse investimento, o país acaba se desestabilizando com muita facilidade e o desenvolvimento fica comprometido.

Dicas para oferecer um ensino de qualidade

Uma educação de qualidade é fundamental não só para o indivíduo, mas também para o crescimento econômico do país. Então como podemos aplicar isso na prática, especificamente falando de matemática? Confira algumas dicas!

Bons professores

Quanto mais profundo e elaborado o conhecimento adquirido pelo professor durante sua formação, mais apropriado e eficaz será o ensino. As teorias matemáticas, em conjunto com a neuropsicologia e psicologia cognitiva, além das técnicas pedagógicas, definirão essa formação.

A qualidade do profissional de ensino tem influência direta no desempenho do estudante. O treinamento adequado do professor é fundamental — assim como o estímulo para que continue existindo estudo e atualização por parte dele

Currículo escolar

O currículo escolar é outro ingrediente essencial para o ensino da matemática. Desde conceitos básicos a avançados, é um passo a passo importante para se avaliar. Sua estrutura e composição precisa garantir o acúmulo de conhecimento e o raciocínio lógico-matemático do aluno.

Tecnologia

A quantidade de materiais digitais é uma realidade na qual tanto aluno quanto professor precisam estar atualizados. Essas opções online permitem uma variedade muito maior de métodos para estudar, treinar ou lecionar. 

O Sistema Matific é uma premiada plataforma interativa que ajudará a tornar o aprendizado de matemática mais fácil para professores e alunos. São mais de 2.000 minijogos e atividades práticas que desenvolvem o raciocínio lógico-matemático, desde a Educação Infantil até o 6º ano do Ensino Fundamental.

Em suma, não podemos deixar de destacar que o desenvolvimento de um país depende de um ensino de qualidade com um foco maior no raciocínio lógico-matemático. Assim, entendemos porque países desenvolvidos têm bons alunos de matemática.

Quer acompanhar mais sobre educação e matemática? Então, nos siga em nossas redes sociais e confira os conteúdos da Matific. Estamos no Instagram e LinkedIn.