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Entenda o papel da matemática no desenvolvimento cognitivo das crianças

O desenvolvimento cognitivo está relacionado ao desenvolvimento de uma pessoa. A comunicação através da linguagem, por exemplo, é um dos principais marcos e leva alguns anos para ser aprimorada durante a primeira infância. É comum que os pais, em especial os de primeira viagem, se preocupem em proporcionar o melhor ambiente para que seus filhos cresçam bem, expressando sua inteligência.

A escola e os professores têm um papel fundamental nisso — e disciplinas como a matemática são decisivas para ver os resultados com mais profundidade. Você, educador, quer saber quais são esses impactos para aperfeiçoar sua metodologia? Aproveite os tópicos seguintes.

O que é desenvolvimento cognitivo?

A cognição é a capacidade que cada indivíduo tem de processar informações, transformando-as em conhecimento. Esse processamento se dá por estímulos recebidos pelos nossos cinco sentidos, que são: visão, tato, paladar, olfato e audição. Então, o desenvolvimento dessa cognição são os mecanismos mentais desencadeados para assimilar as percepções que vamos criando sobre o mundo, tão presente na infância. São eles que impulsionam o raciocínio, a linguagem e a imaginação.

A atividade cerebral em um bebê é frenética. A todo momento eles estão em contato com o que é novo e são estimulados por seus cuidadores. Ainda que a intenção não seja necessariamente essa, qualquer detalhe tem essa capacidade: um som diferente, a luz irradiada pelo celular, um ponto em uma parede etc. Para eles, o menor detalhe chama a atenção e lhes desperta curiosidade.

Esse anseio pela descoberta é fundamental para que a criança se desenvolva na fase escolar. Seus pais são os primeiros a estimular, mas é no colégio que ela vai lidar com a aprendizagem pedagógica, adquirindo o conhecimento que vai acompanhá-la até a vida profissional.

Qual é a importância do desenvolvimento cognitivo?

A forma como uma pessoa interage em seus relacionamentos, assim como sua habilidade em enfrentar situações adversas, são influenciadas pela maneira que a sua cognição foi desenvolvida no início de sua vida. Portanto, quanto mais tempo e dedicação são investidos nessa atividade, mais chances de se tornar um adulto bem-sucedido nos âmbitos pessoal e profissional.

Domínio da linguagem

O exercício da linguagem começa desde o nascimento, quando o bebê chora. Chorar é a única maneira que ele tem de comunicar o que está sentindo, seja fome, dor ou cansaço. Conforme amadurece e se desenvolve, aprende a demonstrar por meio de expressões faciais, gestos e, finalmente, pela fala.

Coordenação motora

O amadurecimento motor funciona da mesma maneira. É empolgante acompanhar os primeiros meses do neném, vendo-o aprender a rolar, depois sentar-se com e sem apoio, engatinhar e andar. Ainda que eles aprendam rapidamente, já que o cérebro está a todo vapor, levam meses até que a coordenação motora esteja perfeita. Quanto mais ela é estimulada, mais dá resultados.

Imaginação e criatividade

A imaginação e a criatividade andam lado a lado com a inovação, uma das características mais procuradas e desejadas pelos empregadores. Saiba que ela começa a ser formada na primeira infância. Já reparou como as crianças sempre querem saber o porquê? Sua curiosidade é natural e, quando é saciada, se transforma em competências valiosas.

Memória

Um dos motivos pelos quais um bebê pode dormir até 18 horas por dia tem a ver com seu desenvolvimento cognitivo: o sono não é só um descanso (para eles e para os pais), mas faz parte do caminho para eles crescerem. Enquanto estão em repouso, seu organismo continua trabalhando, principalmente o cérebro, adaptando-se e assimilando cada informação visualizada quando estava acordado.

Raciocínio

O raciocínio é considerado espontâneo para alguns, mas para que ele seja assim, a cognição teve que ser aprimorada. Essa ação é a que nos torna aptos para identificar e solucionar problemas, mesmo os mais complexos, como os matemáticos que resolvemos na escola.

Como a matemática ajuda o desenvolvimento cognitivo?

Não é novidade que usamos a matemática todos os dias. Preparar uma receita, pagar uma conta ou observar as horas, tudo é matemática. Então, as crianças têm contato com os números bem cedo, ainda que inconscientemente. Quando esse contato se torna intencional, por intermédio e estímulo de pais e educadores, os resultados são mais promissores, principalmente considerando os benefícios.

Autonomia

Aprender matemática é como andar de bicicleta. Começamos com o apoio das rodinhas até que não precisemos mais delas. Na vida, as rodinhas são nossos educadores, que servem como suporte no aprendizado, direcionando para a resposta correta. Com o tempo, os alunos conquistam autonomia para realizar seus próprios cálculos e a qualidade os acompanha pelo decorrer da vida.

Autoconfiança

Ao achar difícil de entender, a criança pode acreditar que é incapaz. É nessa hora que o professor deve motivar, lembrando-a da importância da paciência no processo de aprendizagem. Uma vez que consegue solucionar o problema, ela se sente mais segura e confiante em si mesma, considerando-se apta para enfrentar qualquer situação.

Organização

Com o exercício da matemática, aprendemos a gerenciar melhor o tempo. Amadurecendo a capacidade, a criança consegue também ter boas noções de prioridade, aprendendo a distinguir o que é urgente, ou seja, deve ser feito imediatamente e o que é prioridade. A competência da organização é útil em várias áreas da vida e pode ser decisiva em um processo seletivo.

Concentração

Manter o foco em um mundo recheado de distrações é valioso. A matéria ajuda a fortalecer essa característica, já que sem uma atenção direcionada, não é possível relembrar fórmulas nem se aproximar da resposta certa. A concentração mantém a atenção no presente, o que favorece, inclusive, a saúde mental, evitando transtornos de ansiedade, tão comuns nos dias de hoje.

Como vimos, lidar com a matemática ajuda no desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, pais e educadores precisam estimular o contato com os números desde cedo, não só para facilitar esse amadurecimento, mas também para evitar que a criança crie uma resistência em relação a essa disciplina. Geralmente, a aversão está associada à forma como o conteúdo foi apresentado, e não necessariamente à capacidade intelectual ou preferências pessoais.

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