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Como a avaliação diagnóstica é importante para verificar o nível de aprendizagem do aluno?

A avaliação diagnóstica é um instrumento fundamental para o sucesso da aprendizagem dos estudantes e para o planejamento de processos educacionais. Após o período de distanciamento social, ocasionado pela pandemia de Covid-19, ela é ainda mais importante para o planejamento das atividades pedagógicas da escola.

Não à toa, ela aparece como uma das três principais etapas no planejamento da volta às aulas, de acordo com o Conselho Nacional da Educação (CNE). São elas o acolhimento, a aplicação de avaliações diagnósticas e a reorganização do espaço físico.

Essa importância se dá por um motivo simples: somente a partir da mensuração do ponto no qual os alunos estão é que é possível planejar onde e como chegar. Afinal, a avaliação diagnóstica dá aos educadores um mapa completo do nível de conhecimento da turma e dos principais problemas a serem enfrentados.

Quer entender melhor o que é esse instrumento, sua importância e como planejar sua aplicação? Então, continue a leitura!

O que é a avaliação diagnóstica?

Os métodos de ensino mais tradicionais ainda encaram as avaliações simplesmente como um meio de atribuir pontos e, assim, indicar o sucesso ou o fracasso dos alunos em determinado conteúdo. Assim, geram resultados mais quantitativos que qualitativos.

Cada vez mais, essa perspectiva tem sido deixada para trás: hoje, as práticas pedagógicas giram em torno da aprendizagem, não mais da “ensinagem”. Isto é, o propósito é que alunos, de fato, saiam de um ano escolar dominando os assuntos propostos e não apenas riscar tópicos do currículo que foram passados. 

É aí que entra a avaliação diagnóstica, já que mensurar o nível de conhecimento de cada aluno e identificar suas maiores dificuldades é essencial para planejar as práticas pedagógicas, sempre de olho no objetivo da aprendizagem. 

Fazendo uma analogia com os termos médicos, é preciso diagnosticar a situação da turma para, então, aplicar o tratamento que realmente resolva os problemas encontrados.

Veja só alguns dos principais objetivos da avaliação diagnóstica!

Analisar o nível de conhecimento dos alunos

O principal objetivo da avaliação diagnóstica é verificar o nível de conhecimento dos alunos, ajudando o docente a aferir se as práticas propostas anteriormente atingiram os resultados esperados e, assim, saber se o estudante está pronto para avançar em seu processo de aprendizagem. Por isso, sua aplicação é muito indicada no início de cada ano letivo ou de ciclo.

Planejar as próximas etapas da aprendizagem

Diferentemente das avaliações somativas, as diagnósticas têm apenas o caráter preventivo e não classificatório. A análise do nível de conhecimento dos estudantes não é feita para atribuir conceitos de sucesso ou fracasso, mas sim para orientar o trabalho educacional. Por isso, os resultados obtidos são usados para planejar as próximas ações em sala de aula.

Identificar dificuldades específicas de cada estudante

Outro objetivo importante das avaliações diagnósticas é a identificação de dificuldades e problemas de aprendizagem. Se for um perfil geral da turma, quer dizer que os objetivos das práticas anteriores não foram atingidos e, portanto, o conteúdo deve ser retomado como um todo.

Se for uma dificuldade específica de algum aluno, vale a pena trabalhá-la com reforço individual. Se forem problemas persistentes, a avaliação diagnóstica também ajuda o docente a identificar as causas da dificuldade e a pensar em formas de lidar com essa necessidade específica.

Contudo, vale reforçar que a avaliação diagnóstica ajuda os professores a identificar dificuldades de uma perspectiva pedagógica — transtornos de aprendizagem somente são diagnosticados por meio de análises multidisciplinares com especialistas, como psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, neurologistas, entre outros.

Registrar o progresso dos alunos no decorrer do tempo

Por fim, a avaliação diagnóstica também pode compor os registros da turma. Isso é excelente para fazer uma análise de desempenho e progresso no decorrer de um período — bimestral, trimestral ou semestral, por exemplo.

Qual é a importância da avaliação diagnóstica?

Por meio das avaliações diagnósticas, os docentes e a gestão escolar conseguem visualizar com clareza aspectos como o conhecimento adquirido, o nível de compreensão dos conteúdos e a incidência e/ou a persistência de dificuldades de aprendizado por parte dos alunos.

Essas informações são essenciais para que os educadores possam atender às necessidades de cada turma ou estudante a um nível mais personalizado, sempre com o objetivo de promover a aprendizagem e superar dificuldades. Mais que isso: se a avaliação indicar que os níveis de assimilação dos conteúdos são muito segmentados, é um sinal de alerta.

Afinal, se os resultados não são uniformes, há grandes chances de que a dinâmica usada pela escola e os métodos aplicados em sala não sejam efetivos. Assim, a gestão pode trabalhar, ao lado dos professores, para revisar práticas e melhorar constantemente a abordagem pedagógica.

Ao visualizar o panorama de aprendizagem dos alunos, a escola consegue planejar ações que ajudem a minimizar adversidades, a proporcionar a qualidade de ensino e a nutrir um ambiente educativo que funcione de forma igualitária e efetiva para todos.

Como a avaliação diagnóstica é feita?

A avaliação diagnóstica não precisa necessariamente envolver atividades que gerem pontos. O professor pode usar diversas experiências em sala de aula para avaliar as competências e habilidades de seus estudantes, por exemplo:

  • resolução de problemas;
  • práticas de leitura e interpretação de textos;
  • produção de redações;
  • debates em grupo;
  • tecnologias digitais, como jogos educativos online.

Cada docente pode aplicar o método que achar mais conveniente para o conteúdo em questão. O mais importante é seguir os critérios abaixo.

Considerar o currículo da escola

É necessário conhecer bem os objetivos e as metas das etapas anteriores do percurso pedagógico, para saber o que deve ser avaliado. Para isso, o docente deve se apoiar na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e, também, no currículo específico da escola, se tiver. 

Considerar os objetivos e as metas seguintes

Também com base na BNCC e no currículo escolar, o professor deve considerar os objetivos e as metas da próxima etapa de aprendizagem, para compor sua avaliação diagnóstica. Por exemplo, se o objetivo desse ciclo é introduzir a multiplicação, os estudantes precisam ter dominado a adição.

Manter a avaliação simples e rápida

Por fim, a última dica é pensar em avaliações simples e que não sejam muito cansativas: é mais importante que cada exercício ou proposta seja bem pensada e tenha uma intencionalidade clara do que ter uma quantidade grande de tarefas. Isso porque, se a avaliação for muito complexa, os estudantes podem se cansar, o que impacta seu desempenho. Assim, os resultados podem ser “mascarados”.

E aí, conseguiu entender por que a avaliação diagnóstica é um instrumento importantíssimo na gestão pedagógica? Ela permite que os educadores planejem suas práticas, de modo a alcançar o desenvolvimento de competências e habilidades adequadas a cada etapa escolar. Assim, contribui muito com a promoção da aprendizagem.

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