Mais uma vez, estamos aqui para falar dos impactos na transformação digital na educação. O assunto desta vez é o pensamento computacional — ou comportamento computacional. Esse conceito, resumidamente, refere-se ao desenvolvimento da capacidade de utilizar fundamentos da computação para elaborar estratégias para resolver problemas de forma eficiente nas mais diversas áreas de conhecimento.

Isto é, se, ao ler esse nome, você pensou que precisaria exclusivamente do uso da tecnologia (de um computador, no caso) para trabalhar esse pensamento com os alunos da sua instituição, não é bem assim, apesar de ela ajudar, como veremos mais à frente neste texto.

Se você quer entender mais sobre o pensamento computacional, a seguir, vamos mostrar em que pilares ele se baseia, quais os benefícios dele e como aplicá-lo na escola. Acompanhe!

Quais os pilares do pensamento computacional?

No pensamento computacional, há quatro pilares que orientam o processo de solução de problema. Veja quais são eles.

Decomposição

Ao se deparar com um problema, primeiramente, no comportamento computacional, o primeiro passo seria dividi-lo em partes menores que possam ser gerenciadas, já que solucionar pequenas partes por vez facilita o processo. Isso é feito, por exemplo, a partir da divisão de uma tarefa em subtarefas.

Reconhecimento de padrão

Essa parte se refere à identificação de padrões que geram o problema. Ao estimular o comportamento computacional em seus alunos, eles serão capazes de identificar essas similaridades e trazer soluções para elas, o que contribuirá para a resolução do problema em geral.

Abstração

A abstração tem a ver com a separação dos elementos relevantes de algum problema, deixando de lado o que não faz diferença para a solução dele. Então, o foco é no que de fato gera o problema. Geralmente, o reconhecimento das questões mais importantes vão ajudar na formação de soluções genéricas para vários problemas do mesmo tipo, já que as especificidades deles não agregam para solucioná-los.

Algoritmo

Aqui, é preciso utilizar lógica e estipular uma ordem dos processos que serão efetuados, ou seja, uma série de etapas para a resolução do problema. O algoritmo também inclui a elaboração de regras para usar nesse passo a passo.

Quais os benefícios desse pensamento?

Até aqui, você já viu que o comportamento computacional foca na resolução de problemas, desenvolvendo um pensamento lógico para esse fim. Sendo assim, é importante que as crianças sejam estimuladas desde cedo a terem tal pensamento, já que isso resultará, no futuro, em um indivíduo com a habilidade criar soluções para a sociedade por meio da racionalidade, ao observar os padrões em situações dos mais diversos tipos.

Como aplicar o pensamento computacional na escola?

Como dissemos, apesar do comportamento computacional ser aplicado a várias situações, a tecnologia está entre uma delas, então, alguns exemplos de aplicação do pensamento computacional na escola são a programação e a robótica. Inclusive, essas disciplinas estão associadas ao ensino STEM, que tem foco na autonomia do estudante e, também, na resolução de problemas do cotidiano por meio da tecnologia. Vale considerar essas opções.

O pensamento computacional é algo que está presente na Base Nacional Comum Curricular, documento que dita os conteúdos básicos que devem aparecer nas aulas escolares. O conceito é citado como requisito para as aulas de matemática da segunda fase do ensino fundamental. Portanto, vê-se que é algo que não pode faltar no ensino hoje em dia.

Gostou de entender sobre o pensamento computacional e sua relevância? Veja mais sobre porque as tecnologias educacionais são importantes para as crianças.