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Transformando a educação e a sociedade: O poder das telas e das tecnologias digitais nas escolas

Muito tem se falado sobre os problemas que o uso excessivo e não supervisionado de telas pode induzir em crianças e adolescentes. Por essa razão, a avalanche de discussões que gravitam ao redor dessa grande polêmica atual tende a  produzir a falsa noção de que quanto ao uso de telas, nada de bom se poderá obter quando o público são nossos alunos e portanto, a solução é aboli-las por completo, antes que seja tarde.

De fato, quando há excessos e não há responsáveis acompanhando o uso, a questão não é se os prejuízos virão e sim quando e em que proporções. No entanto, é preciso iluminar a arena desse debate com a luz da percepção de que o uso de tecnologias digitais na educação, quando bem orientado, oferece benefícios significativos para a aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de habilidades digitais essenciais e possibilitando novas formas de interação com o conhecimento.

Se por um lado o uso indevido de telas é um problema de saúde pública, por outro a educação tecnológica — que também inclui apresentar possibilidades, ensinar limites e criar consciência do uso correto dessas telas — é a mais poderosa vacina contra essa opressora epidemia de mau uso de recursos digitais.

Em um momento histórico especialmente pautado pelos avanços da tecnologia é papel dos educadores refletir sobre os potenciais das telas e destacar o lado positivo e benéfico de seus usos pedagógicos, como por exemplo, quando orientado pelo uso de plataformas educacionais digitais. Também é preciso considerar as diversas políticas públicas que evidenciam a relevância do uso de tecnologias no ambiente escolar, especialmente criadas para garantir o ensino de competências digitais na educação básica.

Assim, algumas diretrizes educacionais brasileiras como a PROGRAMA DE INOVAÇÃO ESCOLAS CONECTADAS (PIEC) e a POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DIGITAL (PNED) ampliam o debate, à medida em que propõe democratizar o acesso à tecnologia na educação básica por meio da regulação do investimento em infraestrutura e do desenvolvimento das competências digitais, conferindo especial atenção a estudantes e professores e alinhando-se às diretrizes da BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC), que é um documento normativo que propõe competências e habilidades consideradas essenciais a serem trabalhadas na educação básica.

 

O que diz a BNCC em relação à tecnologia?

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Na BNCC, a tecnologia surge estruturada em três eixos principais: Cultura Digital, que aborda a compreensão dos impactos da revolução digital, incentivando uma postura crítica, ética e responsável em relação ao uso das tecnologias e mídias digitais; Mundo Digital, que abrange o entendimento de artefatos digitais, como dispositivos físicos e plataformas virtuais, além de práticas seguras de armazenamento e transmissão de informações; e Pensamento Computacional, que foca no desenvolvimento de habilidades para resolver problemas de forma metódica, utilizando algoritmos e conceitos da computação.

Além disso, vale lembrar que desde o dia 1º de novembro de 2022, há também uma BNCC específica para a Computação. Esse complemento — o primeiro a ser incluído na BNCC desde sua homologação em 2017 —, conta com uma matriz própria de habilidades e competências que se estendem da educação infantil até a terceira série do ensino médio, regulamentadas pelo PARECER CNE/CEB Nº 2/2022. Essa proposta visa transformar a Computação em um alicerce estratégico para a transformação social e cultural do Brasil, preparando cidadãos críticos, criativos e inovadores, capazes de utilizar a tecnologia para contribuir com a sociedade de maneira ética e responsável.

Dessa forma, podemos entender que o trabalho das escolas com tecnologias educacionais não é apenas fundamental, mas também necessário sob uma perspectiva legal. E nesse sentido, o uso de recursos como aplicações e plataformas educacionais digitais, quando adequadamente selecionadas e utilizadas, podem enriquecer o ensino de diversas disciplinas tradicionais, como Matemática, Ciências e Linguagens, oferecendo recursos interativos e personalizados que atendem às necessidades individuais dos alunos.

O fato, no entanto, é que o uso dessas tecnologias deve sempre seguir critérios pedagógicos e ser conduzido por profissionais da educação, capazes de alinhar essas ferramentas aos objetivos de aprendizagem, transformando-as em meios de apoio e não apenas como fins encerrados em si mesmos.

Nesse sentido, exemplos práticos de uso de plataformas educacionais digitais mostram como essas ferramentas podem apoiar o desenvolvimento dos alunos. Um bom exemplo, no caso do COLÉGIO HUMBOLDT, é a adoção da plataforma MATIFIC.

 

O que é a Matific?

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Adotada para a disciplina de Matemática, trata-se de uma plataforma digital gamificada que transforma o aprendizado da disciplina em uma experiência divertida e eficaz. Através de jogos e atividades interativas, a plataforma auxilia os alunos a construírem uma base sólida em conceitos matemáticos fundamentais, fortalecendo os conhecimentos mais estruturantes e operando em temas como Números, Operações, Geometria e Álgebra, sempre trazendo atividades, analisando o desempenho dos alunos e preparando-os para desafios mais complexos. Esses conteúdos, alinhados às matrizes da BNCC para Matemática, garantem que a abordagem seja relevante e adequada para cada etapa de ensino.

Concebida para adaptar-se ao ritmo e às necessidades de cada aluno, ao personalizar o aprendizado e oferecer aos professores feedback constante acerca de seus resultados e progressos individuais e coletivos, a MATIFIC estimula o desenvolvimento de competências como raciocínio lógico, resolução de problemas e pensamento crítico, o que ajuda a tornar a aprendizagem de matemática mais acessível e significativa.

 

Conclusão

O uso de tecnologias educacionais em telas e dispositivos digitais deve ser, portanto, pautado por modelos de inovações pedagógicas que valorizam o desenvolvimento integral do aluno em seu mais amplo sentido. E é crucial que esses projetos sejam constantemente atualizados à medida que novos conhecimentos e entendimentos sobre o uso de telas e tecnologias na educação sejam construídos, assegurando que essas ferramentas continuem a apoiar o processo de aprendizagem de forma eficiente e responsável.

Podemos então trazer novos ares à polêmica do uso de telas, aceitando-as também como uma aliada pedagógica que deve sempre estar a serviço da educação, promovendo a formação de cidadãos críticos, responsáveis, criativos e preparados para os desafios de uma sociedade moderna, cada vez mais inevitavelmente conectada.

A realidade é que as telas já estão por aí e chegaram para ficar. Cabe a cada um nós decidir se serão opressoras ou aliadas. Cabe a cada um nós educar para curar e educar para libertar. É a educação como expressão máxima da união de todos em benefício de todos. Não sejamos, portanto, solitários. É como dizia Paulo Freire em sua grande obra "Pedagogia do oprimido": "Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão."

Sigamos juntos, portanto.

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