None

Os desafios das Mulheres na Tecnologia: desigualdades e conquistas

O setor tecnológico é o que mais cresce nos últimos anos, mas esse crescimento não é igualitário, sendo grandes os desafios das mulheres na tecnologia. Desde o preconceito até ter que lidar com a própria autoestima, as mulheres enfrentam inúmeras barreiras ao ingressar nesse mercado, o que resulta numa baixa representatividade feminina no setor.

O artigo visa apresentar o cenário atual das mulheres na tecnologia, reconhecer os destaques femininos da área e trazer soluções que possam mudar essa realidade desde a sala de aula.


Um cenário desigual

O setor de tecnologia muitas vezes é retratado como predominantemente masculino. Esse cenário cria barreiras para as mulheres que buscam ingressar nesse campo, desde a falta de modelos femininos de sucesso até a perpetuação de estereótipos de gênero que desencorajam o interesse e a participação das mulheres.

De acordo com dados da plataforma digital de recursos humanos Revelo, as mulheres representam apenas 12,2% dos cargos de tecnologia. Esse baixo percentual reflete não apenas a falta de oportunidades, mas também as dificuldades enfrentadas pelas mulheres ao longo de suas carreiras nesse campo.

Outro desafio enfrentado pelas mulheres na tecnologia é a disparidade salarial em comparação com seus colegas do sexo masculino. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em média, as mulheres recebem 22% a menos do que os homens em posições semelhantes dentro do setor de tecnologia.


Falta de Representatividade e Preconceito

A falta de representatividade feminina em posições de liderança na tecnologia é um desafio significativo. Quando as mulheres não veem outras mulheres bem-sucedidas no campo, podem sentir que não pertencem ou que não têm um futuro promissor.

A desigualdade de gênero também se manifesta em oportunidades de avanço na carreira, acesso a projetos de alto perfil e reconhecimento profissional. Esses obstáculos não apenas prejudicam o progresso individual das mulheres, mas também contribuem para uma cultura organizacional que marginaliza e subestima suas contribuições.

Segundo o estudo “Mulheres em TI”, realizado pela consultoria em recrutamento e seleção Yoctoo, 81% das mulheres entrevistas afirmaram ter passado por algum tipo de discriminação de gênero. O estigma de que “mulheres não são boas em tecnologia” ainda persiste, o que faz com que muitas mulheres desistam da carreira em tecnologia ainda na universidade.

Essa cultura discriminatória e de falta de incentivo inicia desde a infância, nos anos escolares, o que gera um afastamento e uma falta de interesse por parte das meninas na área de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Um estudo da Microsoft revelou que no ensino fundamental, 31% das meninas acreditam que trabalhos em tecnologia, que exigem códigos e programação, não são para elas. Esse número sobe para 40% no ensino médio e chega a 58% na faculdade.

Esses dados destacam o quanto é importante promover o engajamento por ciências exatas, como a matemática, desde o ensino fundamental, gerando resultados positivos na realidade de igualdade de gênero no mercado de trabalho.


Autocobrança e Síndrome da Impostora

Como se não bastassem as cobranças externas, sob as quais as mulheres são intensamente obrigadas a provarem que são capazes de executar suas funções, muitas delas ainda sofrem com a síndrome da impostora, sentindo-se inadequadas ou incapazes, mesmo quando têm habilidades e conhecimentos sólidos. Essa autocobrança prejudica sua confiança e progresso profissional.

 

Mulheres que fizeram história

Apesar dos desafios e da falta de incentivo, muitas mulheres deixaram um legado eterno na história e foram destaque no desenvolvimento tecnológico mundial. Dentre elas temos Ada Lovelace, uma matemática britânica, a qual se destacou como a primeira programadora de computadores do mundo. Ada colaborou com Charles Babbage no desenvolvimento da máquina analítica, criando algoritmos para calcular sequências de números de Bernoulli. Sua visão pioneira sobre o potencial da computação a levou a antecipar muitos conceitos fundamentais da tecnologia moderna.

Outro grande destaque da área de pesquisa e tecnologia é a americana Mary Jackson, que apesar de toda segregação existente em seu tempo, tornou-se a primeira mulher negra engenheira da Nasa, sendo uma das inspirações para o filme “Estrelas Além do Tempo”.

Essas mulheres pioneiras desafiaram estereótipos e abriram portas para que outras pudessem seguir seus sonhos. Seus legados continuam a inspirar gerações de mulheres na área de tecnologia.


A Importância da Inclusão

A inclusão de mulheres na tecnologia é crucial e urgente para garantir a diversidade e a representatividade no setor. Quando as equipes são compostas por pessoas de diferentes origens e perspectivas, a inovação floresce. As soluções tecnológicas devem refletir as necessidades de todos os grupos sociais, e isso só é possível com a participação ativa das mulheres.

Programas com foco em inclusão tecnológica nas escolas e formações direcionadas para meninas são uma das iniciativas que podem mudar esse cenário de desigualdade de gênero na tecnologia. Como garantir a construção de uma base sólida para a aprendizagem, é essencial estimular o interesse e a paixão pela matemática. 

A Matific, enquanto plataforma de aprendizagem matemática e parceira de escolas em todo o mundo, apresenta resultados relevantes de aumento de engajamento em 31% e melhora nos resultados dos alunos em 34%. Por meio de jogos educativos inovadores e princípios pedagógicos sólidos, a Matific busca criar um ambiente inclusivo e estimulante para os alunos, incentivando tanto meninas quanto meninos a explorar e se apaixonar pela matemática desde cedo. 

Com o compromisso de combater a desigualdade de gênero e promover a aprendizagem matemática para todas as crianças, a Matific oferece uma variedade de recursos educacionais projetados para atender às necessidades específicas das meninas. Desde jogos interativos até atividades práticas, a plataforma da Matific é uma ferramenta poderosa para inspirar e capacitar alunos e alunas a explorar o mundo da matemática com confiança e entusiasmo.


Conclusão

Em um mundo cada vez mais digital e orientado pela tecnologia, é essencial garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de sucesso que os homens. Ao reconhecer e enfrentar os desafios da desigualdade de gênero na tecnologia, podemos criar um futuro mais inclusivo e equitativo para todos. Por isso, a Matific defende que gostar de matemática é urgente.

As mulheres têm muito a contribuir para o mundo da tecnologia. Conheça mais sobre a Matific e junte-se a nós nessa jornada de inclusão e empoderamento. Juntos, podemos criar um ambiente de trabalho mais diversificado e igualitário.